Embora a notícia não tenha directamente a ver com Engenharia Civil, fica aqui a notícia que revela como os critérios de admissão á Universidade são ridículos.
Tomás Bacelos foi aluno com melhor média de 2010 e nem sequer finalizou o ensino secundário.
Como? Simples: Novas Oportunidades.
Assim, em meses conseguiu equivalência ao 12.º ano que lhe estava a custar tanto fazer. Fez o exame de Inglês, tirou 20 e foi para a Universidade de Aveiro tirar o curso de Tradução.
Ele ainda tentou fazer o exame de Biologia, mas o melhor aluno do país apenas conseguiu 7,4 valores.
Ou seja, disputou as mesmas vagas e concorreu em igualdade de circunstâncias com os outros, mas foi claramente beneficiado. A lei permite, e o jovem até admite que beneficiou de uma injustiça.
De facto, este jovem nãotem culpa nenhuma. Os maiores culpados são aqueles que permitem tais coisas.
O Tomás tirou o lugar a um aluno que tinha de média 14,4 valores. Justo? Não me parece.
Notícia completa aqui.
Justo não é. No entanto há imensos anos que existem os estatutos de carreira militar e atleta de alta competição que concedem beneficios muito semelhantes e nunca ninguem veio para os jornais reclamar. Fait diver, demagogia, contra campanha. não é isto que está mal no nosso país.
Uma coisa é facilitar a vida a um atleta de alta competição (que tem treinos bi-diários todos os dias da semana) ou militares que têm que estar no quartel no horário laboral. Outra coisas é ajudar uma pessoa apenas porque sim. Claro que não é apenas isto que está mal no país. Serve apenas para dizer que os critérios de admissão são injustos.
O problema aqui é aferir se o aluno em questão tem ou não tem competencias para entrar num curso superior e para mim isto reparte-se em dois pontos: 1- Não cometeu nenhum crime, nem foi vitima de nenhum favorecimento que outro qualquer cidadão não tivesse direito em igais circunstancias; 2 – O problema das competencias põe também em causa que passa dias a treinar ou no quartel. Assim sendo não têm nem as mesmas competências nem as mesmas notas de quem estuda a tempo inteiro, por isso como podem concorrer lado a lado? Quer a carreira desportiva quer a carreira militar são opcionais.
Por fim: o facto de se entrar num curso, não é implicativo que se acabe o mesmo. Nem tão pouco que se garanta emprego no final do mesmo. Vamos perguntar ao Dr Anibal Cavaco Silva quantos cursos superiores ele aprovou nos seus mandatos como primeiro ministro, e que agora não têm saida nenhuma…
A sua intervenção caro Miguel é pertinente.
Não duvido que este aluno dê um excelente tradutor, uma vez que tirou 20 no exame de Inglês. Mas quanto e quanto dariam bons engenheiros e ficaram de fora da Universidade?
Mas agora pense assim: para quê andar a estudar 3 anos com muitos exames se posso fazer tudo em meses sem tanto esforço?
O problema aqui é aferir se o aluno em questão tem ou não tem competencias para entrar num curso superior e para mim isto reparte-se em dois pontos: 1- Não cometeu nenhum crime, nem foi vitima de nenhum favorecimento que outro qualquer cidadão não tivesse direito em igais circunstancias; 2 – O problema das competencias põe também em causa que passa dias a treinar ou no quartel. Assim sendo não têm nem as mesmas competências nem as mesmas notas de quem estuda a tempo inteiro, por isso como podem concorrer lado a lado? Quer a carreira desportiva quer a carreira militar são opcionais.
A inserção desta notícia não tem (pelo menos da minha parte) qualquer intenção política. Até porque o blogue é apartidário. Os critérios de admissão às universidades são maus, existem vagas a mais em certos cursos e vagas a menos noutros etc, etc. Mas isso não é culpa do sócrates. Isto já vem de há muito tempo atrás.
Andam por ai uns boatos que um certo Engenheiro fez exames aos domingo e via fax. Verdade? Mentira? Isso agora…….